quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Eu sempre sonho que uma coisa gera, nunca nada está morto.
O que não parece vivo, aduba.
O que parece estático, espera."

(Adélia Prado);

terça-feira, 16 de novembro de 2010

"Sabia
Gosto de você chegar assim

Arrancando páginas dentro de mim

Desde o primeiro dia".

(Chico Buarque)

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Levo o teu coração comigo (levo-o dentro do meu coração)

Nunca estou sem ele (onde quer que vá, tu vais comigo, minha querida;
e o que quer que eu faça, é obra tua, meu amor)
Não temo sina alguma (porque tu és o meu destino, meu doce)
Não quero nenhum mundo
(porque minha maravilha, tu és o meu mundo, a minha verdade)
és tudo aquilo que a lua sempre significou
e tudo o que um sol sempre cantará
Eis o segredo mais profundo que ninguém sabe
(eis a raiz da raiz e o rebento do rebento
o céu do céu de uma árvore chamada vida;
que cresce mais além do que a alma pode esperar
ou do que a mente possa esconder)
esta é a maravilha que mantém as estrelas separadas
Levo o teu coração (levo-o no meu coração).

Tradução do poema de E.E.Cummings

sábado, 30 de outubro de 2010

"Se não for hoje, um dia será.Algumas coisas, por mais impossíveis e malucas que pareçam,a gente sabe, bem no fundo, que foram feitas pra um dia dar certo.”


(Caio F. Abreu)

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

"e me começa.
me venera, me completa, me sustenta, me sacia
me enlouquece e me dilacera e me ecstasia e me maximiza. e me pinta e borda e me rasga. e me range. e me masca.
e me vira do avesso e me pega de jeito
e me casa e me ama e me cama e me tenta.
e me malicia, me duvida, me desafia.
e me dramatiza. e me cinematiza.
e me corta as asas, e me prende na tua gaiola. e me morde e me assopra.
e me derrama e me escalda. e me cozinha em banho-maria e me sara.
e me anestesia. e me sinestesia. e me surrealiza
e me vicia, me contamina. me aplica e me hostiliza.
e me mantenha distância. e me faz saudade
e me quero mais. e me deixa em paz.
e me reza e me excomunga. e me infiltra e me inflama e me expele.
e me perde e me procura e me encontra e me cansa.
e no final de tudo, (ufa!) me perdoa: por iniciar frases pelos pronomes".

** e me...Tudo...**

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

"Se eu gostar de você aviso de antemão que você é uma pessoa de sorte. Eu me entrego. Quem vive comigo sabe. Quem convive comigo sente. Eu amo poucos. Mas esses poucos, pode apostar, amo muito."


(Clarissa Corrêa)


** Eu digo: Você é uma pessoa de sorte, mas a sorte, eu acho, está brigada comigo.... **

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

"Às vezes me parece que estou perdendo tempo, às vezes me parece que, pelo contrário, não há modo mais perfeito, embora inquieto, de usar o tempo: o de te esperar.”


(Clarice Lispector)


**Acabei de ler agora, e tinha que postar, mesmo sendo dona de um coração estranho...Do qual vc nem consegue entender... **  (Até quem sabe um bom tempo? [rs...] )
"Desaprender para aprender. Deletar para escrever em cima.Houve um tempo em que eu pensava que, para isso, seria preciso nascer de novo, mas hoje sei que dá pra renascer várias vezes nesta mesma vida. Basta desaprender o receio de mudar."

(Martha Medeiros)


(Enquanto isso se chamar vida.... Ela é ótima,sempre marthinha...)

terça-feira, 19 de outubro de 2010

"Porque amor é justamente isso, é ficar inseguro, é ter aquele medo de perder a pessoa todo dia, é ter medo de se perder todo dia. É você se ver mergulhado, enredado, em algo que você não tem mais controle…"


(Fabrício Carpinejar)


(entende-se que esse sentimento está, humanamente, muito, escasso. E eu venho tentando sair fora de tudo...Talvez por dias, pode ser?)

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

"Em caso de dor, ponha gelo. Mude o corte do cabelo. Mude como modelo.

Vá ao cinema, dê um sorriso. Ainda que amarelo. Esqueça seu cotovelo. 

Se amargo for já ter sido. Troque já este vestido. Troque o padrão do tecido.

Saia do sério, deixe os critérios. Siga todos os sentidos. Faça fazer sentido.

A cada milágrimas sai um milagre.

Em caso de tristeza vire a mesa. Coma só a sobremesa. Coma somente a cereja.

Jogue para cima, faça cena. Cante as rimas de um poema. Sofra apenas, viva apenas.

Sendo só fissura, ou loucura. Quem sabe casando cura. Ninguém sabe o que procura.

Faça uma novena, reze um terço. Caia fora do contexto, invente seu endereço.

A cada mil lágrimas sai um milagre.

Mas se apesar de banal. Chorar for inevitável. Sinta o gosto do sal.

Sinta o gosto do sal. Gota a gota, uma a uma. Duas, três, dez, cem mil lágrimas, sinta o milagre.

A cada milágrimas sai um milagre."

(Itamar Assumpção e Alice Ruiz)


* Por hoje nada mais...:/ *

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

"Como chegar para alguém e dizer de repente eu te amo para depois explicar que esse amor independia de qualquer solicitação, que lhe bastava amar, como uma coisa que só por ser sentida e formulada se completa e se cumpre? Pois se ninguém aceitaria ser objeto de amor sem exigências..."

Caio Fernando Abreu.


[Andei lendo demais, ainda ando, e o maior dos maiores que estou lendo é ele, sempre ele, Caio F. , como se o tempo parasse e me mostrasse o quanto todas as palavras tem poder...Andei fazendo tudo demais, e o melhor, viajando demais...Mas posso voltar quando quiser, e agora, quero. ]

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

 É fácil encontrar várias bocas? É fácil tentar ser de muitas? É Fácil guardar muitos números na agenda?É Fácil usar palavras, muitas delas lindas, inesquecíveis, ao mesmo tempo? Não! Não tenho a resposta...Talvez vc a tenha, e seja fácil doá-la para quaisquer de suas...(crias).
 Ao mesmo tempo que penso o porquê nos encontramos, o porquê você tinha que estar ali nos poucos momentos em que nos cruzamos, nos sentimos, nos olhamos, as poucas palavras que não consegui dizer, que não consegui explicar, até porque não tinha muita explicação. Mas o porquê não existe em nossa relação.Tal qual já dizem, "Preciso ter certeza que nosso encontro sempre foi pura intuição, não mera loucura". Mas, não preciso encontrar as respostas.
 Não importa se não mais me procura, não me importa se o meu cheiro ficou na sua pele, se no seus pensamentos eu posso estar passeando em alguma noite, mas se o meu telefone tocar, talvez, se eu antender, possa ser que as palavras mal ditas venham e se você não quiser escutar, vai escutar...precisa escutar.
 Não precisa ser de muitas, mas se vc for, não me importa (talvez um pouco), mas não quero pensar que o seu coração não é de ninguém, ou talvez que você nao tenha coração, foram bons os momentos, foram bons. Apenas.
 E Sendo de muitas, muita vezes não é de ninguém. Solidão por solidão me escondo em minha própria casca e deixo a borboleta sair no tempo certo, em que a lagarta teceu o seu casulo. Teceu idéias firmes e sentimentos fortes. Quando você vier, se acaso vier, não venha achando que sou aquela de sempre, que derretida, ouvia sua voz baixinho susurrar mentiras em meu ouvido e sorria, acreditando que eram verdades.(Meias verdades).
(...)

* Mariana Nunes *

© Todos os Direitos Reservados

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

"Eu não faço a menor idéia de como esperar você me querer. Porque se eu esperar, talvez eu não te queira mais. Eu não queria ir embora e esperar o dia seguinte porque cansei dessa gente que manda ter mais calma. E me diz que sempre tem outro dia. E me diz que eu não posso esperar nada de ninguém. E me diz que eu preciso de uma camisa de força. Se você puder sofrer comigo a loucura que é estar vivo, se você puder passar a noite em claro comigo de tanta vontade de viver esse dia sem esperar o outro, se você puder esquecer a camisa de força e me enroscar no seu corpo para que duas forças loucas tragam algum aquilibrio. Se você puder ser alguém de quem se espera algo, afinal, é uma grande mentira viver sozinho, permita-se. Eu só queria alguém pra vencer comigo esses dias terrivelmente chatos".

     (Tati Bernardi).

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

"Eu sei que sou exatamente o que 98% dos homens não gosta ou não sabe gostar (apesar de eles nunca me deixarem em paz). Eu falo o que penso, abro as portas da minha casa, da minha vida, da minha alma, dos meus medos.
Basta eu ver um sinal de luz recíproca no final do túnel que mando minhas zilhões de luzes e cego todo o mundo. Sou demais. Ninguém entende nada. E eles adoram uma sonsa. Adoram. Mas dane-se. Um dia um louco, direto do planeta dos 2% de homens, vai aparecer".

(Tati Bernardi)

Só pro meu prazer - Leoni

Não fala nada
Deixa tudo assim por mim
Eu não me importo se nós não somos bem assim
É tudo real nas minhas mentiras
E assim não faz mal
E assim não me faz mal não
Noite e dia se completam no nosso amor e ódio eterno
Eu te imagino
Eu te conserto
Eu faço a cena que eu quiser
Eu tiro a roupa pra você
Minha maior ficção de amor
E eu te recriei só pro meu prazer
Só pro meu prazer
Não vem agora com essas insinuações
Dos seus defeitos ou de algum medo normal
Será que você não é nada que eu penso?
Também se não for não me faz mal
Não me faz mal não
Noite e dia se completam no nosso amor e ódio eterno
Eu te imagino
Eu te conserto
Eu faço a cena que eu quiser
Eu tiro a roupa pra você
Minha maior ficção de amor
E eu te recriei só pro meu prazer
Só pro meu prazer...

(E essa vai ser minha trilha sonora da semana...Em todas as estrofes!!!)...
 

Preciso de Alguém...

(...)

"Preciso de alguém que tenha ouvidos para ouvir, porque são tantas histórias a contar. Que tenha boca para, porque são tantas histórias para ouvir, meu amor. E um grande silêncio desnecessário de palavras. Para ficar ao lado, cúmplice, dividindo o astral, o ritmo, a over, a libido, a percepção da terra, do ar, do fogo, da água, nesta saudável vontade insana de viver. Preciso de alguém que eu possa estender a mão devagar sobre a mesa para tocar a mão quente do outro lado e sentir uma resposta como - eu estou aqui, eu te toco também. Sou o bicho humano que habita a concha ao lado da conha que você habita, e da qual te salvo, meu amor, apenas porque te estendo a minha mão. (...)"

(Caio F. Abreu, sempre ele...)


* E você, bicho humano, não percebe nada não é?Ou prefere a concha que mesmo suja, cheia de lama, faz você se sentir confortável. Bastante confortável. *

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

"Vem, que eu canto pra você as nossas chuvas


porque entendo esse nosso pacto com o vento.

Se nossos corações palpitarem em outras curvas e a gente se for,

é porque ainda nos nutrimos das possibilidades de outros caminhos.

(Mas, vem, que minha proposta é de um perpétuo movimento:

deste que nos faz vivos, confusos, certeiros, intensos, inteiros.)

Eu entendo essa roupa feita de jornadas.

Eu entendo essa alma impulsionada pela eterna busca.

Mas quando teu corpo inteiro só precisar de um aconchego,

te faço uma cama entre os meus seios

só pra você me contar sobre o fim do tempo da espera.

(Vem! Pra nos anteciparmos todas estas primaveras.)";

                                                                   (Marla de Queiroz)


quarta-feira, 8 de setembro de 2010

"Seria imperceptível se a magnitude natural que a rodeava não a fizesse brilhar, mesmo sem querer. E nesse sem querer querendo, vivia. Cruzando destinos, deixando marcas, desilusões, vírgulas, reticências, interrogações, exclamações, mas nunca o maldito do ponto final, quando na verdade só o que gostaria de evitar, adiar, procrastinar, retardar, seja lá a palavra que eu tenha que usar pra descrever o que ela queria, era isso, nunca um fim, nunca um “foi somente isto”. Pra não ter que se deparar com o clássico: Era uma vez... Opa, cadê o final feliz? Esse era seu desejo... Evitar, adiar, procrastinar, retardar o seu único medo, a decepção.

Uma sensação estranha essa de ser (in)dependente de alguém".



sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Alô?

"Ele me ligava todos os dias... Pela manhã me acordava com aquela voz macia me desejando um bom dia, após o almoço para ver se eu tinha me alimentado bem, à tarde para ter certeza que eu não havia morrido de tédio naqueles meus dias sem fazer nada, e a noite para me desejar bons sonhos. Mais do que falar ao telefone quando não estávamos perto um do outro, trocávamos mensagens o dia todinho, como se sempre tivéssemos algum assunto pendente, como se sempre faltasse falar alguma coisa, e talvez, realmente tenha faltado, a mim ou a você... Acho que foi falta. Eu tentei apagar as memórias, tentei dar um jeito em todas as lembranças, rasgar as cartas, apagar as fotos, as mensagens... Pena que não tenho como te arrancar do meu coração. Talvez eu tenha sido o que você esperava. Talvez não... E vice-versa.

                                          Meu telefone nunca mais tocou".

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Não preciso dizer muita coisa. As coisas apenas saem sem que eu precise dizer. Eu não quero saber o que meu coração diz, apenas, agora, quero viver. Eu não quero lembrar o que poderia acontecer, porque senão aconteceu é porque não deveria ser, nesse momento. Passado se risca, presente acontece e futuro é uma questão de espera.

Você vem na hora certa, nem pra mais nem pra menos, não é um café frio tomado às 4 da manhã após uma ressaca braba, e muito menos um passado obscuro que se forma como nuvem negra pairando sobre minha cabeça. Você é a coisa inesperada, que vai vir no tempo certo,mesmo se estiver chovendo, caindo raio, canivete, tudo nublado, mesmo assim, saberei que você será o sol que aquecerá o meu coração. Mas,no tempo certo. Nem mais nem menos. E isso só o tempo dirá, não adianta teimar em girar os ponteiros, porque não vai funcionar. (Acredite!!!não tente isso...). E o tempo certo às vezes demora tanto e você se esquece que ele um dia vem!!!


* Mariana Nunes *

© Todos os Direitos Reservados
 

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

"Acho engraçado que todas as vezes que eu tento te “apagar de mim”, quando estou QUASE lá, alguma coisa te faz retornar. Tornando minhas tentativas e meu esforço praticamente inúteis. Não me surpreende que isso aconteça, pelo menos não mais. Foram tantas saudações simpáticas e despedidas dolorosas para resultar nisso. Infinitas suposições do que poderia ter sido, do que ainda nem foi, passado, presente e futuro andando lado a lado, sem vestígios de fatos concretos. Nem mesmo sentimentos verdadeiramente existentes, nem mesmo isso que seria a base, não seria? Ou estou muito enganada ou o amor não nasce do nada e também não é do nada que ele morre. E confesso meio aos trancos que aguardo o teu retorno, principalmente nos meus dias quietinhos, aguardo saudosamente, numa desesperança enorme, mas aguardo e sei que não deveria. Mas eu vou aguardar, até o dia que tu decidires não mais retornar.

 Já sei, o problema todo está nas expectativas que nós criamos".

terça-feira, 24 de agosto de 2010

"É preciso que você venha nesse exato momento.Abandone os antes.Chame do que quiser. Mas venha. Quero dividir meus erros, loucuras, beijos, chocolates...Apague minhas interrogações.Por que estamos tão perto e tão longe?
Quero acabar com as leis da física,dois corpos ocuparem o mesmo lugar! Não nego. Tenho um grande medo de ser sozinha.
Não sou pedaço. Mas não me basto".

(Caio F. de Abreu)

* Não estou ultimamente tendo colisões românticas... (temporariamente fora do ar).

sábado, 14 de agosto de 2010

"Você não sabe como isso é infinitamente melhor do que acordar com essa ressaca de coisas erradas e vazias. Ou sozinho e desesperado pra que algum amigo reafirme que o seu dia valerá a pena. Ou com alguma garotinha boba que vai namorar sua casca. A casca que você também odeia e usa justamente para testar as pessoas "quem gostar de mim não serve pra mim".
E eu tenho vontade de segurar seu rosto e ordenar que você seja esperto e jamais me perca e seja feliz. E entenda que temos tudo o que duas pessoas precisam para ser feliz. A gente dá muitas risadas juntos. A gente admira o outro desde o dedinho do pé até onde cada um chegou sozinho. A gente acha que o mundo está maluco e sonha com a praia do Espelho e com sonos jamais despertados antes do meio-dia. A gente tem certeza de que nenhum perfume do mundo é melhor do que a nuca do outro no final do dia. A gente se reconheceu de longa data quando se viu pela primeira vez na vida".

(Tati Bernardi)


- É, realmente você não sabe....(de quase nada mais...).



Ah o amor....

(...)


Não pense que uma paixão é igual ao amor. Não pense. Sinta que o amor te propõe bem mais tempo que a paixão. O amor não precisa enfrentar desculpas, não precisa de tempo marcado para acontecer. O amor é espontâneo, vem de madrugada, no hospital, numa fila de banco ou até mesmo num dia de domingo chuvoso que você não queria sair e sua mãe te pediu para ir levar o cachorro para passear. Acredite, ele vem até nesses dias. E você não precisa estar linda, maquiada, com salto alto, porque o amor é direcionado, único, tem sua medida certa, a tampa da panela exata. Então prefira o amor, escolha o amor, mesmo que a paixão bata muitas vezes na sua porta.Mesmo que sem saber, quando estiver na metade do percurso, descubra que é paixao, desista. E hesite. Prefira o amor. Quando menos esperar, quando estiver tudo eliminado, o tempo vem e trás bons frutos, mas a sua raiz precisa estar fixa, com solo fértil, regada todos os dias com fé e esperança.

Mariana Nunes.

© Todos os Direitos Reservado



quarta-feira, 11 de agosto de 2010

"Sabe qual é o meu sonho secreto? Que um dia você perceba que poderia ter aproveitado melhor a minha companhia (…) E eu me limito a me surpreender com as circunstâncias da vida que me levaram a viver esse papel: o da mulher que quer mais um pouquinho. Constrange-me existir nesse personagem Chico Buarque, dolorida, bonita sendo assim, meio tonta, meio insistente, até meio chata. E que fique claro que não é por estar você dessa forma, tão esquivo, que o desejo tanto. Desejo-o porque desejo. Estúpida. Latina. Bethânia. Ainda creio que você, quando eu menos esperar, possa me chegar com um verso em atitude."
(eu creio!)
(Fernanda Young)

* Totalmente sem inspiração essa semana.... *

terça-feira, 10 de agosto de 2010

"[...] Então eu quero que você venha para deitar comigo no meu quarto novo, para ver minha paisagem além da janela, que agora é outra, quero inaugurar meu novo estar-dentro-de-mim ao teu lado… Vem para que eu possa acender velas na beirada da janela, abrir armários, mostrar fotografias, contar dos meus muitos ou poucos passados, futuros possíveis ou presentes impossíveis… Vem para que eu possa recuperar sorrisos, gritar, cantar, fazer qualquer coisa, desde que você venha, para que meu coração não permaneça esse poço frio sem lua refletida. Porque nada mais sou, além de chamar você agora… Porque não, porque sim, vem e me leva outra vez para aquele país distante onde as coisas eram tão reais e um pouco assustadoras dentro da sua ameaça constante, mas onde existe um verde imaginado, encantado, perdido. Vem, então, e me leva de volta para o lado de lá do oceano de onde viemos os dois”.


(Caio Fernando Abreu).

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Não é o tempo ou algo assim, simplesmente não sabia como reagir ao seus encantos.

Subia e descia seu coração a procura de algo que pudesse desmentir o sentimento que gerava a saudade. Deitada sob os seus próprios sonhos,deixava a aurora refrescar seus medos e camuflar todo o tempo que ficava para trás - ela já não podia mais dizer nada - , e apenas assim, caminhava, entrelaçada, com seu fardo 'amigável' de mais um dia silencioso. Não era a hora. E o tempo é que corria sem dó ou piedade.
(Você me faz escrever). Não queria admtir, mas ele o fazia escrever. Raro como pigmeu, sem resposta como cometa, vinha, de supetão, e as linhas iam-se colorindo por fora e por dentro, num vai e vem de prazer constante. Estanha sensação.

(...)


Mariana Nunes

 
© Todos os Direitos Reservado

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

"Tentaram me fazer acreditar que o amor não existe e que sonhos estão fora de moda. Cavaram um buraco bem fundo e tentaram enterrar todos os meus desejos, um a um, como fizeram com os deles. Mas como menina-teimosa que sou, ainda insisto em desentortar os caminhos. Em construir castelos sem pensar nos ventos. Em buscar verdades enquanto elas tentam fugir de mim. A manter meu buquê de sorrisos no rosto, sem perder a vontade de antes. Porque aprendi, que a vida, apesar de bruta, é meio mágica. Dá sempre pra tirar um coelho da cartola. E lá vou eu, nas minhas tentativas, às vezes meio cegas, às vezes meio burras, tentar acertar os passos. Sem me preocupar se a próxima etapa será o tombo ou o voo. Eu sei que vou. Insisto na caminhada. O que não dá é pra ficar parada. Se amanhã o que eu sonhei não for bem aquilo, eu tiro um arco-íris da cartola. E refaço. Colo. Pinto e bordo.Porque a força de dentro é maior. Maior que todo mal que existe no mundo. Maior que todos os ventos contrários. É maior porque é do bem. E nisso, sim, acredito até o fim."



[Caio Fernando Abreu]







(Porque é só isso agora que consigo sentir...)

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

"...Mas se eu tivesse ficado, teria sido diferente? Melhor interromper o processo em meio: quando se conhece o fim, quando se sabe que doerá muito mais — por que ir em frente? Não há sentido: melhor escapar deixando uma lembrança qualquer, lenço esquecido numa gaveta, camisa jogada na cadeira, uma fotografia — qualquer coisa que depois de muito tempo a gente possa olhar e sorrir, mesmo sem saber por quê. Melhor do que não sobrar nada, e que esse nada seja áspero como um tempo perdido.Tinha terminado, então. Porque a gente, alguma coisa dentro da gente, sempre sabe exatamente quando termina.Mas de tudo isso, me ficaram coisas tão boas. Uma lembrança boa de você, uma vontade de cuidar melhor de mim, de ser melhor para mim e para os outros. De não morrer, de não sufocar, de continuar sentindo encantamento por alguma outra pessoa que o futuro trará, porque sempre traz, e então não repetir nenhum comportamento. Ser novo..."



(Caio Fernando Abreu)

* Sem total inspiração...*

sexta-feira, 30 de julho de 2010

"A primeira lição está dada: o amor é onipresente. Agora a segunda: mas é imprevisível. Jamais espere ouvir “eu te amo” num jantar à luz de velas, no dia dos namorados. Ou receber flores logo após a primeira transa. O amor odeia clichês. Você vai ouvir “eu te amo” numa terça-feira, às quatro da tarde, depois de uma discussão, e as flores vão chegar no dia que você tirar carteira de motorista, depois de aprovado no teste de baliza. Idealizar é sofrer. Amar é surpreender".


Martha Medeiros.

PS: Ela é simplesmente única!!!

Tempo....

Quanto tempo posso esperar? Tantas vezes me fiz essa pergunta. E refiz. O tempo é algo indefinido e quando penso que posso pegá-lo me vejo novamente entrando num beco sem saída. O meu próprio ego não me subestima e não me surpreendo quando me pego apressadamente pensando que tudo pode ser mais rápido. Não mais me apego a palavras, porque palavras não mudam quase nada, apenas confortam e nesse momento eu não quero ser confortada, nem confrontada, tal qual o meu ego gritante por achar demais.
 Estranho é aceitar todas as estradas, pois, 'metidamente' procuro alçar eu mesma um caminho, mas são vários e teimo em querer um só. Aprenda a caminhar sozinha. É o que ouço. E vejo. E sinto. E preciso entender. Mas como entendemos o que não é conveniente entender? É como falar para uma criança não ter medo do bicho papão. Indefinições. Mas qual pessoa não se acha indefinida? Coração na mão, mas agora, a razão sendo substantivo predominante.
 Sei que você vai chegar. No tempo certo. Mais 'você' pode ser vários, só que neste momento eu quero um só. O tempo. E o tempo me mostra várias formas diversificadas de amor. E um deles - o qual estou deslumbranda - é o tal amor próprio que conhecia de longe, sem qualquer tipo de contato, mas agora, estou totalmente apaixonada por ele. E é ele que agora, me faz sentir viva. Totalmente!

(...)

© Todos os Direitos Reservado



segunda-feira, 19 de julho de 2010

Mudanças...

No frida, calo-me, no frio, me sinto estranha, mas agora eu sei que você vai está. No tempo certo. Nem mais nem menos.

A sensação de andar livremente pelas ruas, sem pensar que sou mais uma, de colocar aquele batom rosa, aquela saia curta, aquela blusa berrante, e me sentir a única, a sua.

É a música que não sai da minha cabeça, mas o que não sai mesmo é o tempo que estou me dando. O tempo de fazer vários auto-conhecimentos, olhar, admirar, buscar o negativo, eliminar, buscar o perdido, colocar em prática, me conhecer.A hora de desopilar.

Calma, serena, com o coração vivo, pensativa, estressada, amena, com açúcar, azedado, com adoçante, cada dia de um jeito. Mas em total construção.

Sabendo que a paciência cura todas as almas.Todas.

Mariana Nunes.

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sexta-feira, 16 de julho de 2010

...

"Por que não lhe disse antes?

Apertá-lo demoradamente contra
o meu peito e dizer.
Não disse porque pensava que tinha
pela frente a eternidade.
Só me resta agora esperar que aconteça outra vez, -
vislumbro esse encontro -
mas vou reconhecê-lo?
E vou me reconhecer
nos farrapos da memória do meu eu?"


(Lygia Fagundes Telles)


terça-feira, 13 de julho de 2010

Presença - fim.

A ultima vez é sempre deixada com fervor.

As nuvens iam-se correndo atrás da lua, e o sol teimava em nascer.
A lágrima descia escondida no tanque do amor.
(lava-se quilos de lágrimas lá...E alva, alma volta a ser o que era, limpa).
E quando parece estrada-fim, coração bate pé e alegria cai, feito orvalho em flor.
A última vez, não se mede, nem repete...(da mesma forma sempre).
Mas lembra sempre aquela tarde com vento...

(...)

Mariana Nunes.

© Todos os Direitos Reservado

domingo, 11 de julho de 2010

Minuciosidades...

Eu sinto,
a presença da saudade.

A ilusão é quase toda presente.

Você não está mas pode estar.

São minuciosidades...

Eu sinto.


Mariana Nunes.


© Todos os Direitos Reservado

sábado, 10 de julho de 2010

   Há um enorme silêncio agora, eu não vejo nada, só pensamentos...E depois de um longo tempo parada, fitando o teto eu vejo que estou sozinha. É dificil admitir que não tenho ninguém,mas não é o fato de nao ter niguém, mas sim de não conseguir falar. São palavras, milhares delas, que presas dentro de mim me deixam estranha, pálida, medonha, maldosa, desiludida...O não pronunciar nada, nem uma palavrinha, nem um olhar diferente me faz definhar.

   Eu não quero a sua piedade. Eu não quero o seu sarcasmo, o seu gelo,a sua ausência, porque é isso que destrói caminhos de ilusões...É isso que me faz voltar para o meu recanto e procurar um livro, um edredon, ou o mesmo filme clichê que sempre me faz chorar no final.
   Eu ouço a música várias vezes, no mesmo segundo de tempo, talvez seja a musica que me faça ficar mais perto de vc, sabendo cada pedaço, cada respirar e cada nota, eu noto que nao sou nada hoje, nem a gota da chuva que cai me faz sentir a poderosa menina dos olhos profundos.
  Posso continuar falando?Posso. Eu posso o que quiser mas o que quero não estar ao meu poder. Poder esse que destrói, que faz pessoas medíocres, pequenas, sem fé,vazias, talvez, seres sem nome, que vagam procurando uma identidade, uma vontade, um condinome beija-flor que voe,sugue e transmita o pólen a outrém!
  Não posso mais esconder que sinto saudade, às vezes não sei nem de que ao certo, mas uma saudade que martela, que aperta e vem dizendo que falta muita coisa. Muita vivência e quero ao mesmo tempo fazer muita coisa. Sabe? Essa vontade maior que tem aquela voz insuportável que fala ao coração, e o que você está fazendo ai, parada? Não aparece, nao cessa, não acontece, e vocÊ ainda parada?E sem você...

(...)

PS: Indevidamente mal-humorada e tpm'mente' chata.

© Todos os Direitos Reservado


Mariana Nunes.


sexta-feira, 9 de julho de 2010

Estrofes que continuam (...)

 Não sei por onde começar, as palavras nao são mais necessárias, eu te vejo em cada segundo mas vc nao está aqui.
 Eu penso, repenso, não estranho o teu abraço não estar comigo e nem os teus beijos nao tocarem a minha boca,só estranho esses pensamentos povoarem o meu corpo, indo diretamente para alma, que fica pesada sem a certeza do amor verdadeiro. E o que é o amor verdadeiro? São notas que se tocam de olhos fechados? Ou emblemas que se colocam no peito,tal qual medalhas de bom comportamento? Não sei...Talvez o amor seja apenas uma palavra dita muitas vezes. Ou quem sabe um sentimento estranho, que quando sentimos não sabemos que é ele.
 Só penso que os dias vão se indo, sem direção, caminhando contra o tempo, sem lenço, sem documento, sem itinerário, somente indo, sem passagem de volta, sem presságio, sem intuição, sem corpo nem pele, muito menos suor, sem espera, saudade, sem o bendito 'amor'.
 É eterno eu sei, mas no curto espaço de tempo não tenho a resposta que meu coração pede, nem a terei (tenho a consciência disso), mas ele pede, insiste, toma conta, apanha desculpas, mas a resposta não vem de lado nenhum. E são essas desculpas que acabam preechendo, mutilando, construindo, enganando a pequena menina dos olhos profundos...
 Ah! Se vc soubesse, quanto tempo eu perdi!Quanto tempo se perde com mentiras, com pessoas erradas, com noites erradas, passos além da medida,roupas de menos, euforia demais.Ah! Se vc soubesse, como é estar na chuva, se molhar, entregar, amassar, pertubar, e no final continuar sozinha, se molhando...É difícil demais entender que no escuro eu sei que posso chorar, e choro. Por entender que quando eu podia fazer não fiz, quando eu podia pegar, guardar pra mim, entregar, amar, ser amada, viver, dividir, suar, falar baixinhos coisas de amor, esperar, ligar, dizer bom dia bem cedo, dizer boa noite de madrugada, ficar horas dizendo mil coisas, amar de novo, ser amada de novo, suar juntos, depois dormir juntos, abraçados, e mais etc'mente' eu não fiz...E agora, (josé)? Já como dizia o poeta...Tudo se foi, a luz se apagou e cadê o 'josé'? Eu espero. Ainda...

(...)

© Todos os Direitos Reservado
Mariana Nunes.
 

Tô Aprendendo A Viver Sem Você...

"Venha pra perto de mim e veja como eu estou só
 Senta, não olha pro chão
A culpa não foi de ninguem, não, não

Ahh, tô aprendendo a viver sem você
Sei que o dia raiou para mim Mas pra você tanto fez
Sei que não vou mudar sou assim
Para você sou mais um
Ahh, tô aprendendo a viver sem você
Ahh, tô aprendendo e não quero aprender

Tô voltando pro meu recanto
Lá é bem melhor
Não, não sei quem vai estar me esperando
Eu nunca vou estar só
Ahh, tô aprendendo a viver sem você
Ahh, tô aprendendo e não quero aprender
Ahh, tô aprendendo a viver sem você..."

Essa música é linda... >)


quinta-feira, 8 de julho de 2010

Eu penso no motivo que encontro quando não te vejo;

O olhar de desejo, a boca salivando para um beijo, o abraço quente com o mesmo cheiro de antigamente. E enquanto isso eu o vejo no escuro.

(...)
Eu penso ainda mais: que o seguro morreu de velho, que é melhor levar o casaco quando a mãe fala que vai esfriar, que esperança é a última que morre, mas é melhor não esperar. E no meu pensamento, ultimamente, tem tido você, quem eu menos esperava, o casaco que eu nunca levava,e o frio que sempre sentia.
O tempo é inimigo de medos. O medo da hora passar e a estrada continuar vazia, o medo da ilusão errada, do intruso não ser mais intruso e despertar amores (im)possíveis, e o medo maior, da solidão. Sempre quieta, ela vem e mostra o machucado dolorido que ainda está inflamado e a marca de que ali jaz um coração confuso.
Ao invés de continuar esperando,eu vejo que preciso te encontrar. Mais não sei onde. Já tentei fugir, entender melhor, indagar, conhecer outras pessoas, viver, mas eu penso no que podia ser e vejo que nada foi, e nada vai indo. O barco corre para onde a correnteza está e com medo tenho receio de cair. Mas, afundo e no fundo eu vejo que o que quero é nadar com você.


(...)
Eu sinto sua falta...(Mesmo com tanto tempo,eu sinto...)

 © Todos os Direitos Reservado



Mariana Nunes.
 

segunda-feira, 5 de julho de 2010

pequeno espaço de tempo (...)

Agora eu posso sentir a doce vingança, não com um gosto doce,mas com um gosto do meu próprio veneno;


O tempo que demoramos para entender que esperar demais é tolo, já desmoronamos montanhas de possibilidades;

Eu minto para mim a toda hora, quando eu penso que posso construir tudo sozinha, que posso encontrar tudo sozinha, eu me perco em estradas que nem mesmo sei que entrei;

E o vazio alheio vem sobre meu coração fazendo latejar, apossando todo o corpo, tremendo a alma que nem sabe que está lá...

Você, que nem sei onde está, que sempre me procurou, que sempre me disse que podia dar certo, que queria me mimar, ou de trás pra frente: me amar, cada vez está se distanciando...E eu, que sempre fugindo, dando mil motivos, vivendo como se ainda estivesse presa no passado, tal qual passado estranho, adolescente, preto e branco.



(...)



Não posso te dizer o quanto eu sinto,nem como eu queria sentir, a distância é longíqua, você não entende, foge, desmorona, destroi, discorda, é ausência; E eu quero estar, presente, falar, ouvir, abraçar...mas você não está lá,(mais...)


© Todos os Direitos Reservado


Mariana Nunes
 
 

quinta-feira, 24 de junho de 2010

(Curta)


Ao invés de viver, a gente espera acontecer;

É o beijo na pessoa errada, é o desejo latente que desmorona quando se descobre mentiras;
É a paixão ao invés do amor verdadeiro;
É a súbita louca vontade de conversar, ouvir a voz, se emaranhar no cabelo, abraçar...e não estar lá.
Ao invés de esperar, não!Corre pro telefone, liga várias vezes, pede ajuda, bebe, enche a cara, chora, ouve música brega, dança sem saber dançar, e ao mesmo tempo não sabe o que é amar.

No curto espaço de tempo, a curta vida vai-se indo...e o que volta são lembranças, tais quais boas, e muitas ruins, na qual você aparece, e me mostra que esperar, pode ser tarde demais.


(...)

© Todos os Direitos Reservado

Mariana Nunes.

Fragmentos de um diário...

(...)




 É como se fosse maior do que eu, eu não sei bem ao certo como definir esse sentimento, vai contra todos, no tempo errado, quando eu separei para ser meu, mas como dizem, sentimentos são assim, do contra. Vem latejando como dente ciso que cisma em doer. Vem gritando como criança que perdeu seu sorvete pela rua. Vem indefinido como aquela questão de matemática do vestibular.
 Não posso admitir que sinto isso, porque quando decidimos crescer, queremos a solidão. Somos tolos quando esse sentimento se apossa, viajamos sem mar, queremos sempre a presença. E quando chega a presença somos tão vagos...
Sabe, quando você vê um arco-íris?Quer ir até lá mas não consegue. Quando penso em você, me sinto assim, colorindo o céu, mas quando vejo que você nao pensa em mim, são dias de chuvas.
 E quando vejo que sou mais uma opção, ajo com atitudes tolas, esperando o que não se pode esperar.
 Mais um dia na contra-mão, correndo como se fosse alcançar o sonho, coração batendo sem poder conter, (ah, como queria conter...), como você foi parar dentro de mim?, E o dia que termina, e os pensamentos são os mesmos, no final de tudo, nada de você aparecer.Eu sei que está com ela, e ela, pode ser várias, mas não eu. Deixo a lágrima cair, como chuva sem vento, como suor de pecorrer várias ruas a pé. Deixo cair, sair, latejar, doer, sangrar e não peço ajuda. Não peço. Olho várias vezes o celular, para vê se está dentro da área de cobertura, e está. Olho várias vezes, será que existem mais mulheres como eu? Você ri, me usa,abusa, ri denovo,pisa, e eu, a idiota, com sentimento gritando, ainda na esperança, ferro, bebo, e ligo, pedindo pra te ver. Idiotices. Até quando? Eu odeio essa sensação de dependência, como se fosse lugar fora de alcance, uma noite só. Eu te odeio. Eu te quero, e acho que te amo. Te odeio....

© Todos os Direitos Reservado


Mariana Nunes.