sábado, 17 de outubro de 2009

Feito tatuagem...

A sua pele está, agora, gravada em mim.
Eu ainda posso sentir o seu cheiro, o jeito com que direciona a cabeça pro lado,
o suor pingando na minha pele...
E eu não sei como fazer isso parar.
O cheiro do seu cabelo, a sua elasticidade, o som baixinho do meu nome,o teu abraço, eu, sinceramente, não sei como fazer parar.
Meus pensamentos me negam, não condizem com meus passos, e eu fico remoendo o que não me faz bem.
Você, a palavra homem, sabe nos prender, a nós mulheres, seres indefinidos,inconstantes,e cheio de tantos 'tão' e 'se'. E para você, mesmo sendo longe, com carinho, foi bom enquanto o tempo dseixou durar.
Sem ilusões, sem 'se possivelmente continuar', sem esperas. A contínua caminhada que faça acontecer, o que for, na hora ou no dia que seja então...
(...)

Mariana Nunes

© Todos os Direitos Reservado
 
 
 


segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Coisas que eu não sei...

Das coisas que eu não sei, eu posso optar por ceder;
Ceder toda vez que eu passo pelo teu belo sorriso e pareço ser a pequena invisível.
Ceder às oposições das tuas certezas por saber que a tua história pode não ter fim.
Das coisas que eu não sei, procuro aquietar-me em silêncios...
E ao passo das horas, dilatam-se encontros, a espera é tardia e os teus braços longíquos.
As incertezas são abraços que espero em tardes escuras, sem sol...


                                                     (...)

(O dia que o amor renascer em sua vida, ela vai aprender a sorrir. Nunca amou demais, nunca arriscou demais, tudo era altamente calculado, e quando tudo fugia do seu alcance, tinha medo...Quando verdadeiramente viver, ela vai sentir o que lhe dizem que é liberdade, que é amar de verdade, e quando isso, supostamente acontecer, onde estará? Não se feche, não acredite em desculpas, não tolere adiamentos. O tempo voa depressa demais...E o que nunca morre são as lembranças).

Mariana Nunes
© Todos os Direitos Reservado


quinta-feira, 1 de outubro de 2009

(...)

Os mistérios que povoam o teu coração são estradas vazias, sem pegadas ou árvores frutíferas...

O teu nome é doce, tal qual mel que atrai todas as abelhas, mas o féu que vem junto com o teu descaso me faz deixar lágrimas n'alma.

Das coisas que eu não sei, eu vivo intensamente em um precípicio, e o escape é espreitar a tua voz. Eu a ouço vindo de perto, eu a quero em meu ouvido, mas toda vez que ela vem, ela vai...


Sou as tuas saídas, as tudas entradas, o teu bem me quer, a tua emboscada,e no fim você sabe virar todo o jogo e me deixar sempre na porta...Sou a carne que você mastiga, sou o batom que sempre fica, sou a espera na partida, sou a estranha na cama, mais um nome na lista, mais das coisas que eu não sei, você é a noda que mancha o meu corpo.


O amor que nasce vira pó,os sonhos, as viagens, a imagem, os pés na areia, o ar puro, não tem você dentro, nem os sonhos de infância existem mais. A tua graça é sempre bem rápida, vem e vai, me beija e sai, deixando desejos no corredor, e teu perfume no meu suor.


Eu nem sei teu nome ainda. Nem por onde você entrou. A saída é apertada, quase nada me vem a mente.A menina que sorri de lado é o lado que ninguém vê. Me empresta a tua simpatia, me concede a primeira dança, me afasta da rotina.Baila comigo, beija comigo, fica de porre comigo, mastiga comigo, esse mundo cão. Estraga comigo o impossível que todo dia se tem na mão.


Das coisas que eu não sei, você é uma delas...

(Continua...) 


Mariana Nunes


© Todos os Direitos Reservados