sábado, 10 de julho de 2010

   Há um enorme silêncio agora, eu não vejo nada, só pensamentos...E depois de um longo tempo parada, fitando o teto eu vejo que estou sozinha. É dificil admitir que não tenho ninguém,mas não é o fato de nao ter niguém, mas sim de não conseguir falar. São palavras, milhares delas, que presas dentro de mim me deixam estranha, pálida, medonha, maldosa, desiludida...O não pronunciar nada, nem uma palavrinha, nem um olhar diferente me faz definhar.

   Eu não quero a sua piedade. Eu não quero o seu sarcasmo, o seu gelo,a sua ausência, porque é isso que destrói caminhos de ilusões...É isso que me faz voltar para o meu recanto e procurar um livro, um edredon, ou o mesmo filme clichê que sempre me faz chorar no final.
   Eu ouço a música várias vezes, no mesmo segundo de tempo, talvez seja a musica que me faça ficar mais perto de vc, sabendo cada pedaço, cada respirar e cada nota, eu noto que nao sou nada hoje, nem a gota da chuva que cai me faz sentir a poderosa menina dos olhos profundos.
  Posso continuar falando?Posso. Eu posso o que quiser mas o que quero não estar ao meu poder. Poder esse que destrói, que faz pessoas medíocres, pequenas, sem fé,vazias, talvez, seres sem nome, que vagam procurando uma identidade, uma vontade, um condinome beija-flor que voe,sugue e transmita o pólen a outrém!
  Não posso mais esconder que sinto saudade, às vezes não sei nem de que ao certo, mas uma saudade que martela, que aperta e vem dizendo que falta muita coisa. Muita vivência e quero ao mesmo tempo fazer muita coisa. Sabe? Essa vontade maior que tem aquela voz insuportável que fala ao coração, e o que você está fazendo ai, parada? Não aparece, nao cessa, não acontece, e vocÊ ainda parada?E sem você...

(...)

PS: Indevidamente mal-humorada e tpm'mente' chata.

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Mariana Nunes.


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