Sabe quando precisa desabar? Deixar escorrer, como tempestade, chuva grossa que machuca, raio que sai cortando no céu e dá medo? Então, exatamente assim...
E quando ela, fechava seus olhos, tudo se movia. A canção era perfeita, tinha melodia, rima, refrão manso, música amor. E quando ela, fechava seus olhos,a sua saia se esvoaçava, seus cabelos emanavam por entre o céu, encaracolando-se com o vento, voando...voando!
Não tinha a música apesar de receber muitas promessas. Não tinha a música. A tempestade não desabava, a chuva não caia, o raio não cortava e o medo já nem fazia cócegas. São tolices de criança que não conhece o fim do arco-íris. São tolices da imaturidade que não quer crescer.
Esquecer-te de mim? A voz dos cabelos esvoaçantes perdoa o vento que não venta mais de forma larga. O corpo tronxo, esquisito, não reconheces? Estás a dizer: Estou aqui, ainda sei arrepiar!
E tu não vens...A primavera com cheiro de jasmim não faz curvas. Não colore. O olhar intenso não traz aquele abraço acostumado a sorrir com covinhas.
Esquecer-te de mim de uma forma comum. E comum são os outros.
Ela fecha os olhos e deixa a música-amor tocar...O susurro é alto: Deixa ventar....voar!
Por: Mariana Nunes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário