Mariana Nunes.
Até parar de bater... eu sigo sentindo o que não entendo, não prometo, não espero, não explico, não concedo, não interpreto, não quero, não anseio, não intrometo, não penso, não acomodo, não impressiono, não meço,não encontro, não perco, não acho, não sei...
sexta-feira, 6 de abril de 2012
Divino
Eu lembrei de você e consegui ver o mar. Estava sem sol, era uma tarde nublada, mas ao contrário do que todos devem pensar, tinha muita gente na beira mar. O mar estava agitado (parecia que ele lia meus sentimentos), e quando me sentei, mesmo em meio à conversas, eu pude sentir cada onda batendo forte no banco de areia. Fechei meus olhos por um minuto e senti. Tem hora que não conseguimos sentir. Andamos, acordamos, pegamos o ônibus para o trabalho, trabalhamos, voltamos, lemos, ou não lemos, tomamos banho, e mais um dia de rotina. E não sentimos, absolutamente nada. Nem ao menos a água gelada do chuveiro caindo em nosso corpo cansado. Mas naquela tarde eu senti. E nesse minuto-instante em que fechei meus olhos, lembrei de você. E senti paz. Mesmo com o coração transbordando, precisando desaguar, mesmo com pessoas especiais ao lado, mesmo assim, precisava desaguar. E o mar, agitado, porém sábio, entendeu perfeitamente o meu desejo. Foi um olhar mútuo, e assim, a plenitude do infinito fixou em minha alma, e meu coração foi atropelado por uma paz estridente. Precisava dessa paz. Senti a paz. E ao senti-la, lembrei-me de você. Poderia ficar ali horas, conversando, pensando ou até mesmo admirando o silêncio. Mas foi breve, um breve instante pleno. Que em minha memória-alma está escrito como: Divino.
Mariana Nunes.
Mariana Nunes.
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