segunda-feira, 2 de abril de 2012

Platônico

O toque ao escorregar tua pele deixa o drama começar.
Ao sentir o livre toque, lágrimas espalham a maquiagem que tanto escolheu.
São castanhos o teu olhar e amargo o teu amor.
Sozinha em um quarto escuro, adormece os lábios secando as palavras que iria pronunciar. Lábios secos, borrados e impetuosos. Tragando mais um cigarro.
Sendo imunda, mesmo em grosso lodo, lava a tua alma, toda vez que deixa encerrar.
O vento em face, a sinceridade. São espadas cortantes, ombros desnudos. Amor em ato sozinho. Platônico.
Com os olhos fechados, sente o silêncio.
Mais uma estrofe se desmancha...
Á espera do telefone, mudo, tocar.


Mariana Nunes.


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