sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Mãos Estranhas

São palavras estendidas em varal ao vento
Muitas palavras não ditas.
São olhares de longe, sensação de amanhecer.
Não sei onde está. Sei que posso pertencer.
Em tua estrada, pulo pedras, estranha solidão, sou lua cheia, mansidão.
Deixo ir. Em fluir, asas nascem.
Não conseguindo voar, amorteço. Tenho juras. E juro. Vazio. Pontes ruem. Agora são paredes que caem. E ao atravessar a poeira peço tua mão. (Mãos estranhas...);
Olha-me como um talvez menino e nas costas pesando o pecado, chora.
são tuas lágrimas em mim.
sou sua lua cheia. Você é meu mar agitado. Ondas. Sou o fluir e a pedra. Atravesse e não pule. Siga!
Suas mãos estranhas que quero aqui.
A canção que toca é a mesma.
Até o final. Não arranjo, apenas o dedilhar no violão.
Suas mãos estranhas. Elas. Ainda irei conhecer.
Siga!
Venha!
Esteja...


Mariana Nunes.

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