Ao teu encontro, não meço instantes, o tempo é meu cúmplice e me deixa tão à vontade que o sorriso não cabe em meus lábios. E ao mesmo tempo não é meu nada ainda, são castelinhos em cada pedacinho, e faz de conta que tenho tudo arrrumadinho aqui dentro. Ao mesmo tempo, tempo não medido, cheiro de molhado, passos pausados, deixo o dia raiar, um de cada vez.
(...)
Sempre tem muitas reticências, deixe-se ir...
Até parar de Bater...
Até parar de bater... eu sigo sentindo o que não entendo, não prometo, não espero, não explico, não concedo, não interpreto, não quero, não anseio, não intrometo, não penso, não acomodo, não impressiono, não meço,não encontro, não perco, não acho, não sei...
sábado, 29 de setembro de 2012
quinta-feira, 20 de setembro de 2012
Amor odiado.
O amor odiado.
estremecido.
caído.
canalha.
gosto amargo.
saindo.
salivado.
mastigado.
Odiado eterno.
olho piscando, invasão.
mentiras.
a mão em um aceno vazio.
solidão.
Das carnes secas, ossos e pó.
sacanagem.
pele.
inteiro.
e no meio do mundo, inverno.
Sem mofo, ao sol.
Amor odiado, canibal.
Mariana Nunes
estremecido.
caído.
canalha.
gosto amargo.
saindo.
salivado.
mastigado.
Odiado eterno.
olho piscando, invasão.
mentiras.
a mão em um aceno vazio.
solidão.
Das carnes secas, ossos e pó.
sacanagem.
pele.
inteiro.
e no meio do mundo, inverno.
Sem mofo, ao sol.
Amor odiado, canibal.
Mariana Nunes
quarta-feira, 27 de junho de 2012
Só
O olhar de menino transparente.
A distância entre a boca e as ideias.
Você é safo, largo, cheio de bagagem.
Eu sou frágil, só, cheia de estrelas.
A dança começou.
Em pista, a só deixa o triste menino.
O triste menino deixa ficar só...
A escolha é atirar-se ao lado da estranha com olhar medíocre.
Solução errada.
Triste desencontros.
Só e mar.
Não torna-se canção.
(Mariana Nunes).
A distância entre a boca e as ideias.
Você é safo, largo, cheio de bagagem.
Eu sou frágil, só, cheia de estrelas.
A dança começou.
Em pista, a só deixa o triste menino.
O triste menino deixa ficar só...
A escolha é atirar-se ao lado da estranha com olhar medíocre.
Solução errada.
Triste desencontros.
Só e mar.
Não torna-se canção.
(Mariana Nunes).
domingo, 10 de junho de 2012
Madrugada
Dos teus abraços,
O cheiro doce é o mais nítido.
Já não lembro mais o seu rosto, a forma retangular ou arredondada, mas ainda sinto o teu cheiro.
Em verdes pastos deito-me e sinto a fotossíntese abraçar-me.
Lembro das covinhas chegando perto de mim, engolindo-me e rindo sob o meu peito. Lembro das ácidas brigas, do café bem forte, dos cortes, da solidão. Lembro de como você perto fazia-me tão comprida, larga e extensa.
E agora não sou o ponto final mas fico dentro das reticências.
E dos teus beijos, a língua presa em um diálogo sem fim não diz nada, enrolada gagueja um até logo.
São monólogos de um amor emocionado. Sozinho ama a espécie cruel que nasceu em seu olhar.
Dorme medo meu,dorme.
O cheiro doce é o mais nítido.
Já não lembro mais o seu rosto, a forma retangular ou arredondada, mas ainda sinto o teu cheiro.
Em verdes pastos deito-me e sinto a fotossíntese abraçar-me.
Lembro das covinhas chegando perto de mim, engolindo-me e rindo sob o meu peito. Lembro das ácidas brigas, do café bem forte, dos cortes, da solidão. Lembro de como você perto fazia-me tão comprida, larga e extensa.
E agora não sou o ponto final mas fico dentro das reticências.
E dos teus beijos, a língua presa em um diálogo sem fim não diz nada, enrolada gagueja um até logo.
São monólogos de um amor emocionado. Sozinho ama a espécie cruel que nasceu em seu olhar.
Dorme medo meu,dorme.
quinta-feira, 7 de junho de 2012
Sem "dó" em "mi maior"
Emociona o amor que pode ser e sendo liberta todos os medos escondidos em partes que não tinham.
A escuridão que encobria o seu olhar me trouxe um café bem forte e conversamos por horas. Disse que não te quer mais e vai trazer o sol para dissolver a tua alma, trazendo-a detalhadamente para mim...
Em um canto na beira-mar procuro sentir o vento em contratempo pulsar em meu rosto e esqueço o quanto a espera estraga os versos que não pude declamar.
Não são teus, nem meus, são de alguém cuja alma não existe e em plena luz do dia perco-me em estrofes vazias, sem rimas e questionamentos estrangeiros.
Bebo toda a perspectiva da ideia fixa em agradar-te. E piso em caminhos ao Déjavu que minha mente controla desde o primeiro encontro.São pastilhas mastigadas com um sabor amargo que não cura a tosse. São vozes roucas, esmaltes descascados em unhas roídas pelo tempo que estraga até papel.
E não é você. Não possui nenhum resquício de você. Atrás do palco a cena é outra. Não decorei o texto, não sei as falas e muito menos porto o figurino imposto pela demarcação de olhares.
A incerteza é minha companhia. E diante ao vazio que demarca o teu corpo papeio com a solidão. É um papo longo, estranho e chato. Mas ao decorrer da estranheza, monstros viram borboletas e voam ao encontro da liberdade.
Seja teu, seja meu, sejamos o dó que vira mi maior e cresçamos na melodia que o som do eterno provoca em nós. Até quando parar de bater...
A escuridão que encobria o seu olhar me trouxe um café bem forte e conversamos por horas. Disse que não te quer mais e vai trazer o sol para dissolver a tua alma, trazendo-a detalhadamente para mim...
Em um canto na beira-mar procuro sentir o vento em contratempo pulsar em meu rosto e esqueço o quanto a espera estraga os versos que não pude declamar.
Não são teus, nem meus, são de alguém cuja alma não existe e em plena luz do dia perco-me em estrofes vazias, sem rimas e questionamentos estrangeiros.
Bebo toda a perspectiva da ideia fixa em agradar-te. E piso em caminhos ao Déjavu que minha mente controla desde o primeiro encontro.São pastilhas mastigadas com um sabor amargo que não cura a tosse. São vozes roucas, esmaltes descascados em unhas roídas pelo tempo que estraga até papel.
E não é você. Não possui nenhum resquício de você. Atrás do palco a cena é outra. Não decorei o texto, não sei as falas e muito menos porto o figurino imposto pela demarcação de olhares.
A incerteza é minha companhia. E diante ao vazio que demarca o teu corpo papeio com a solidão. É um papo longo, estranho e chato. Mas ao decorrer da estranheza, monstros viram borboletas e voam ao encontro da liberdade.
Seja teu, seja meu, sejamos o dó que vira mi maior e cresçamos na melodia que o som do eterno provoca em nós. Até quando parar de bater...
domingo, 20 de maio de 2012
Do seu corpo são poesias!
Era como se fosse uma poesia. A estrofe, as linhas embaralhadas, o papel, o lápis, a forma poética, o olhar crítico, o amor...
O livro do seu corpo era aberto. O toque, os cabelos negros encontrando os cabelos avermelhados. Era uma junção do oposto com o que queria ser posto. A voz na pele a pele na boca. A intenção de uma ideia partida e comida com os olhos. E que olhos!
Inesperado. O peso em seus ombros foi totalmente esquecido diante outro peso, o do nó. O mais conhecido: Nó na garganta. E ao mesmo tempo o mais intencional. Era para ser momento apenas. Florear com palavras, gestos e adornos não tinha necessidade. E a mão poderia levar para onde quiser e levou. A mão estendida fez chover flores com espinhos não cortantes sobre o lado mais aberto que o corpo deixou.
Arte concisa. Pré-arte, pós-arte, arte inacabada, arte barroca, arte contemporânea, pop arte, todas as artes. A junção da obra com o autor. Todos os autores. O borrão que fez história. O borrão mais borrado e lindo que fez história. O borrão que não é borrão, mas são traços contornados, esmiuçados, cantarolados, desenhados, premeditados e novamente: Intencionados. A sua arte e de ninguém mais.
Agora posto em suma, guardado em baú pintado à mão, diz que é seu. E é seu. Nada além de poetizar. Nada além de doar. Imerso a dualidade de estranhos, deixa o silêncio merecido e invadido encontrar com os cabelos, agora já alvoroçados pelas horas que já se fez ausência. A rima sombreada. O chão pisado, embriagado pelo cheiro das lembranças, em quarto escuro, arejando o que se pode ainda salvar. Emoções trêmulas e o grito de “alto lá” que o corpo pretendia dizer.
Poesia. A sua poesia.
O livro do seu corpo era aberto. O toque, os cabelos negros encontrando os cabelos avermelhados. Era uma junção do oposto com o que queria ser posto. A voz na pele a pele na boca. A intenção de uma ideia partida e comida com os olhos. E que olhos!
Inesperado. O peso em seus ombros foi totalmente esquecido diante outro peso, o do nó. O mais conhecido: Nó na garganta. E ao mesmo tempo o mais intencional. Era para ser momento apenas. Florear com palavras, gestos e adornos não tinha necessidade. E a mão poderia levar para onde quiser e levou. A mão estendida fez chover flores com espinhos não cortantes sobre o lado mais aberto que o corpo deixou.
Arte concisa. Pré-arte, pós-arte, arte inacabada, arte barroca, arte contemporânea, pop arte, todas as artes. A junção da obra com o autor. Todos os autores. O borrão que fez história. O borrão mais borrado e lindo que fez história. O borrão que não é borrão, mas são traços contornados, esmiuçados, cantarolados, desenhados, premeditados e novamente: Intencionados. A sua arte e de ninguém mais.
Agora posto em suma, guardado em baú pintado à mão, diz que é seu. E é seu. Nada além de poetizar. Nada além de doar. Imerso a dualidade de estranhos, deixa o silêncio merecido e invadido encontrar com os cabelos, agora já alvoroçados pelas horas que já se fez ausência. A rima sombreada. O chão pisado, embriagado pelo cheiro das lembranças, em quarto escuro, arejando o que se pode ainda salvar. Emoções trêmulas e o grito de “alto lá” que o corpo pretendia dizer.
Poesia. A sua poesia.
Trecho de Saia de Retalhos!
(...)
A menina da saia que corre. A menina do medo que some. A menina da infância enrugada e da velhice colorida. A menina do amor imenso que o mar transformou em ondas e faz quebrantar todo dia na sua praia. A menina palerma da boca de cera. A menina do olhar inventado por todos que a olham. A menina acanhada do interior da imensidão que colhe flores todos os dias em jardins suspensos na babilônia rotina do mais populoso centro da cidade. A menina da saia de retalhos que retalha seus sonhos e sonha o amor do amor de outra menina. A eterna menina que está nas mulheres já mortas pelo descaso de uma imensidão de meninas iguais, em série, de um jogo de quebra-cabeça. A sua menina. E ao término, a pergunta do esquecido: Onde está a sua menina?
(E ainda toca a mesma melodia do além-mar nas conchas enormes que a menina catava de tardinha...).
A menina da saia que corre. A menina do medo que some. A menina da infância enrugada e da velhice colorida. A menina do amor imenso que o mar transformou em ondas e faz quebrantar todo dia na sua praia. A menina palerma da boca de cera. A menina do olhar inventado por todos que a olham. A menina acanhada do interior da imensidão que colhe flores todos os dias em jardins suspensos na babilônia rotina do mais populoso centro da cidade. A menina da saia de retalhos que retalha seus sonhos e sonha o amor do amor de outra menina. A eterna menina que está nas mulheres já mortas pelo descaso de uma imensidão de meninas iguais, em série, de um jogo de quebra-cabeça. A sua menina. E ao término, a pergunta do esquecido: Onde está a sua menina?
(E ainda toca a mesma melodia do além-mar nas conchas enormes que a menina catava de tardinha...).
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